segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Lutadores esperam minimizar estigma de violência no MMA com UFC no Brasil



Com o anúncio oficial da volta ao UFC no Brasil, que acontecerá no dia 27 de agosto de 2011, no Rio de Janeiro, os lutadores brasileiros dão uma nova cartada para acabar de vez com o preconceito acerca do esporte. Com palavras de paz e demonstração de disciplina, os atletas esperam neutralizar o estigma de violência associado ao MMA, sigla em inglês para artes marciais mistas, e mostrar para a população que luta não é briga.

Na coletiva no Palácio da cidade do Rio de Janeiro, na última quarta-feira, Vitor Belfort foi um dos que mais bradou sobre o assunto. Um dos vencedores da primeira edição do UFC no Brasil, em 1998, o carioca relata o preconceito sofrido em solo brasileiro e pede para que o evento seja usado para acabar com isso.


“Espero que este preconceito acabe. Nós somos pais de família e este é o nosso trabalho. Uma arte marcial, que ensina disciplina. As pessoas acham que quando, por exemplo, encostam no meu carro, eu vou sair brigando. Mesma coisa dizer que se alguém encosta no carro do Pavarotti, ele sairá cantando uma opera”, filosofou.

Presidente do UFC, Dana White acredita que o UFC tem tudo para trazer uma mensagem pacífica ao Rio de Janeiro. “Vamos trazer uma bandeira branca para cidade, mostrar que podemos espalhar um vírus positivo para todos”, afirmou.


Maurício Shogun foi outro que falou em prol da paz no esporte. Segundo ele, até quando foi apresentado aos sogros ele sofreu. “Eles não queriam nem saber do esporte e já me taxavam como violento, fugiam de mim. Depois de um tempo, viram a realidade, hoje me acompanham e torcem por mim”, acrescentou.

Ainda não se sabe qual será o card de lutas do torneio. Contudo, as vozes brasileiras esperam trazer um grande show de entretenimento à cidade carioca. A lenda Royce Gracie, vencedor de três das quatro primeiras edições do Ultimate, garante que a luta é para quem tem cabeça.

“A luta dentro do ringue tem limites, juiz e sempre se pode parar. Tem uma disciplina e o respeito com o outro lutador. Fora dele, isso perde o sentido. Temos de passar uma imagem positiva para todos. Crianças têm de querer praticar o esporte”, encerrou.

Texto: Bernardo Feital
Fonte: UOL

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