quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Meu vizinho Beto or Die

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Há vinte anos, ter contato com um skatista profissional era algo raro para quem começava a andar de skate. Até para mim, que fui vizinho de um dos grandes ícones do skate brasileiro daquela época, Beto or Die.

Mesmo sem trocar palavra alguma com ele, pude ver e acompanhar muitas sessões deste talento do street brasileiro. Muitas vezes estava no meu quarto, escutando um rádio ou estudando, e ouvia aquele barulho estridente de rodas de skate deslizando pela rua seguido por batidas secas de madeira com o asfalto. Logo corria para a janela, pois aquele som eu conhecia bem, era inconfundível. Mais uma vez era Beto or Die que passava pela minha rua de skate, fazendo diversas manobras.

Impulsos com vontade, seguido de slides e ollies subindo a calçada com velocidade, colocando na linha um impressionante wallride na parede da empresa em frente a minha residência. Aquilo ficou incrustado na minha memória até hoje. Numa época em que vídeos de skate eram raros de chegar na nossa mão, aquela sessão vista de camarote na janela do meu quarto era suficientemente empolgante para eu pegar o meu skate e descer para rua e andar até o anoitecer.

Após alguns anos no skate, virei amigo de sessão do Giba, irmão de Beto or Die, e assim tive a oportunidade de conhecer o Beto um pouco melhor. Mas já era a época em que ele estava deixando um pouco de lado o skate e ingressando de vez em sua promissora carreira profissional em um banco, onde esta muito bem até os dias de hoje.

Fonte: Cemporcentoskate
Texto: Marcos Hiroshi

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